quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cores de dentro.

o sentimento que me acompanhou no dia de hoje foi o de saudade [o motivo desse blog].
tive vontade de pegar minha malinha, um fusca e fazer uma viagenzinha. passar de casa em casa e me demorar um tiquinho na mesa, e cercar vocês, com meus braços, num abraço.
aí lembrei que sobre o céu, é sempre azul e que basta olhar aqui dentro, pra achar meu colorido.
lembrei mais ainda que cada cor que pinta as paredes de dentro me deixa contente e muito mais bonita.
ouvi cantigas crombianas e com o sol em riso celebrei a alegria de mais um dia.

enchi o bolso de moedas, fui numa vendinha e comprei presentinhos da cor de cada um.
[a boa notícia é que logo, logo chega carta-presente vermelha pra todas as outras cores]

um sorriso.
vermelha.

sábado, 27 de agosto de 2011

a saudade em cores embotadas

queridos amores,

hoje eu vi um pôr-do-sol com as cores mais lindas. sozinha. lembrei de outro que vimos todos juntos, depois de andar um monte e correr na terra vermelha. tentei lembrar das relações amorosas dos astros, que outrora explicávamos com bastante propriedade. não consegui. assisti uma aula em que a professora, soteropolitana, parecia adivinhar meu pedaço de lá, de tanto que falou da capital. engraçado foi um moço na biblioteca dizendo que não ia prestar vestibular em viçosa, porque tinha medo de capivara. era brincadeira, claro.

tentando me desviar do complô que o mundo armou para eu sentir saudade, fui para o beco. aquele beco! foi até engraçado. o menino do olho castanho-verde não me deixou chorar. [ah, é, vocês não sabem dessa história, ainda. logo conto.]

depois fomos comer, e tivemos que fugir de um homem bêbado que me pediu dois reais. voltamos pro beco a tempo de ouvir 'dia branco'. como disse, dia internacional da saudade me 'catucar'. aí fui esperar o senhor meu pai, lendo o manoel de barros que vou roubar da biblioteca. [não, não me orgulho disso.]

e o dia morreu aberto em mim.


com amor,
amarelo.