domingo, 25 de setembro de 2011

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um tempo não passa,
o outro não abre.

não se sabe se a saudade é causa ou conseqüência.

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Hoje, a coisa doeu de um jeito mais triste. As músicas não ajudaram. O azul não pintou o céu e o título só quis ser silêncio. A menina azul, definitivamente, não é dura nem sem coração, como dizem por aí.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

já que os correios estão de birra,

conto as coisas desinteressantes por aqui.
essa semana fez um frio! ruim de acordar e viver, com o cinza que tomou o céu. ontem o sol já apareceu, caminhei com ele à tarde, contei sobre a falta de companhia para admirá-lo. aí a menina azul me ligou! eu consigo conversar com ela no telefone, não sei o porquê. compartilhamos suspiros, sonos e saudades. foi bom.

depois, tive aula só de coisas "humanas", olha só! mas aguei assistindo um documentário sobre a guerra da bósnia. nunca fiz sentido mesmo, né?


o que eu queria dizer de verdade é pra vocês tomarem cuidado com o satélite que vai cair por aqui esses dias. é uma chance em 3,2 mil de algum de nós levar uma satelitada na cabeça, mas só pra prevenir: que tal andarmos olhando pro céu?

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

uma carta para meu maior sonho.

Um dia você vai querer saber por que o arco-íris tem tantas cores e por que jujuba não se chama arco-íris.
Não vai entender por que o céu parece cinza quando é nosso coração que está apertado.
ai vai sentir que coração apertado parece um nó, que ninguém sabe como foi parar ali.
exatamente como os nós da gravata que papai não gosta de usar.
Aí você vai passar pela fase de sentir alegria com algodão-doce.
Vai se sentir dono no mundo por ter um pedacinho do céu em suas pequenas mãos.
aí você vai querer correr bem muito, até cansar.
o que vai ser suficiente para você admitir que nunca vai conseguir vencer o vento.
é melhor parar e sentir o mundo em seus pés, voando.
um dia você vai me perguntar por que não pode voar.
Primeiro, vai achar que passarinho é super-herói.
E depois, vai entender que super-herói não é passarinho.
Pudera. Eles não tem a missão de salvar o mundo com uma linda melodia.
Ai você vai gostar de ouvir música e se sentir mais vivo.
Vai começar a brincar de registrar lembranças com músicas.
uma espécie de fotografia com efeito preto e branco.
aí você vai entender por que os cachorrinhos são felizes (a maioria deles).
Dizem que eles enxergam o mundo em preto e branco.
Ta aí uma coisa que nem eu nem seu pai poderemos provar.
Um dia você vai sentir o cheiro de pitanga e entender que isso faz mamãe feliz.
vai sentir amor através de cheiro e vai sentir também que cheiro dá saudade.
Que linda descoberta: tão pequeno e já sente saudade.
No início talvez você chore, achando que saudade significa "separação"
Mas ainda bem que você vai ficar esperto o suficiente para saber que saudade é estar ainda mais perto.
aí você vai me abraçar até dormir e vai pedir uma história,
ou uma estrela.
será que você vai contar estrelas?
Eu nunca vou te dizer que contar estrelas dá verrugas.
mas dá vertigem.
tudo bem, no nosso pequeno mundo do amor e da saudade,
contar estrelas é uma forma de fotografar o céu.
E contar carneirinhos é um jeito de ficar ainda mais perto dos sonhos.
e nos sonhos, você aprendeu que tudo é possível:
jujuba pode ter sabor de pitanga e você pode voar.
E que lindo passarinho é a saudade:
seu canto está sempre perto, mesmo que você esteja longe.
aí eu vou te contar o maior segredo de todos: ( se você conta estrelas, eu posso contar segredos)
[...]
Com você, tudo é possível.
você é sinônimo de amor.

ps: com amor, tudo é possível. ( você acaba de descobrir o que é um clichê)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Partir


Será que é só pra termos que gastar todos os sentimentos que nos é oferecido, sendo ele ruim ou não? Mas, se não existisse o partir, será que saberíamos o que outro realmente representa para nós? Pois são nesses momentos de ‘perda’ que realmente percebemos o quanto um ser pode nos fazer falta e deixar nossa vida sem cor.

Mas e o reencontro? Existe coisa melhor? Aquele tremor nas pernas, o coração palpitante, o suor nas mãos, sentimento que não se mede. Impressionante o quanto somos dependentes. Então, já pensou se o partir não existisse? Como faríamos para poder sentir o sabor do reencontro, o aconchego daquele abraço sobrecarregado de amor?

Então quer dizer que o partir é bom?

Unhum!