sábado, 27 de agosto de 2011

a saudade em cores embotadas

queridos amores,

hoje eu vi um pôr-do-sol com as cores mais lindas. sozinha. lembrei de outro que vimos todos juntos, depois de andar um monte e correr na terra vermelha. tentei lembrar das relações amorosas dos astros, que outrora explicávamos com bastante propriedade. não consegui. assisti uma aula em que a professora, soteropolitana, parecia adivinhar meu pedaço de lá, de tanto que falou da capital. engraçado foi um moço na biblioteca dizendo que não ia prestar vestibular em viçosa, porque tinha medo de capivara. era brincadeira, claro.

tentando me desviar do complô que o mundo armou para eu sentir saudade, fui para o beco. aquele beco! foi até engraçado. o menino do olho castanho-verde não me deixou chorar. [ah, é, vocês não sabem dessa história, ainda. logo conto.]

depois fomos comer, e tivemos que fugir de um homem bêbado que me pediu dois reais. voltamos pro beco a tempo de ouvir 'dia branco'. como disse, dia internacional da saudade me 'catucar'. aí fui esperar o senhor meu pai, lendo o manoel de barros que vou roubar da biblioteca. [não, não me orgulho disso.]

e o dia morreu aberto em mim.


com amor,
amarelo.

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